camaleão ? / chameleon ?

Idéias dispersamente amarradas sobre Camaleões.

...
Quais são os princípios da evitação do desprazer que dominam a humanidade(?)  O ser humano se resolve no mundo exterior através das melhores acomodações(?)
Incomodar é um ato que deve ser feito com bastante sabedoria se o seu objetivo é de paz(?)
...
A arte contemporânea quando exposta ao universo das massas, como as intervenções nos lugares comuns do dia a dia como praças, ruas, shoppings, empresas,etc., lugares onde prevalece o imaginário habitual, quebra a rotina e corre o risco de levar ao desprazer dos expectadores. A extrema violência imagética e sonora de uma obra pode chocar os sentidos por não possuírem sutileza em sua estrutura dramática, tocando a poiesis. A poiesis consegue lidar com a violência sutilmente. 

 É interessante quando a arte se utiliza do conhecimento sobre os processos de pensamento a partir dos sentidos não como uma bula para aceitação do público, mas como uma maneira de garantir a troca entre obra e público. Somente desta maneira o artista pode prever as inúmeras possibilidades de recuos e aproximações que seu trabalho proporcionará no (in)consciente alheio receptivo. Do contrário é melhor mesmo cantar no banheiro para si mesmo, até que um vizinho lhe convide para jantar ou chame as autoridades (rs)(?).
...
Arte como identidade (narciso, posse, reconhecimento),
Arte como ritual (ética, consolo e garantia),
Arte como ciência (respeito, necessidade e dever).
...
Camaleão quer unir se aos conceitos e às dúvidas incansáveis, inquietações nos anais acadêmicos ou nas críticas midiáticas. Busca, incansavelmente, referências mais agudas dos seus princípios tombados como bens simbólicos.

...
Por estar em busca e à espera das respostas a arte como a ciência está sempre em contato com o novo, com o acaso, com a contemporaneidade.
...
Por um lado, Camaleão busca a neutralidade, a mobilidade, o território e por outro o excesso, o estático e o vazio por outro. Os expectadores se envolvem por reconhecerem que se encontram na obra, que o espaço é real, que o convida a imaginar e propõe transformações simples. O espectador corresponde se com a obra. Ele se identifica, investiga, deseja, age, interage, opina, acredita, questiona, pactua, doa, compra. o estranho visto como inimigo é derrotado pela correspondência. O novo torna se ordinário, o complexo simples, o predador presa, o forasteiro hostess. A obra invade sutilmente.  a ficção rima com a realidade e faz se poesis.
...

Símbolos e formas evocam afetos criando um ambiente entre o esforço e o gozo, com estatuto de fé e verdade.
...
O Camaleão tem a tarefa de analisar a falta ou o excesso de aguçadura dos sentidos,  proposta pelos símbolos criados a partir do público.
possibilidades (?)

...

Até a próxima!

Nenhum comentário: