Pular para o conteúdo principal

O paraíso somos nós

Como quaisquer outros animais, nós seres humanos possuímos características diferentes entre nós mesmos. Caninos por exemplo apresentam uma grande diversidade de raças as quais variam em pelagem e tamanho dentro de seus próprios grupos. O conhecimento de si mesmo é justamente buscar entender a qual tribo você pertence. E acima de tudo aceitar a diferença.
Na cadeia alimentar por exemplo, possuímos uma vasta estrutura de produção e serviços à disposição das nossas escolhas. Não precisamos defender o que deve e o que não ser consumido. Podemos dar dicas e assim atrairmos e escolhermos com quem dividir os rituais da vida. É difícil para ambas as partes o convívio entre veganos e carnistas num almoço de domingo. Eu me sentiria muito incomodado em dividir a mesa com um urubu. Não o faço. Nem por isso preciso fazer textos, vídeos e obras de arte, mas respeito quem critica o costume desta ave. O urubu lá e eu cá é mais tranquilo para minha jornada e para a dele.
Pássaros sentem que voam, bovinos sentem que morrem, humanos sentem que pensam. 
No topo da cadeia alimentar e produtiva a raça humana começou a sentir que é possível não só pensar mas refletir? 
Que sejamos capazes de escolher com quem conviver sem privar o vôo do pássaro ou a grama do vizinho. Se quisermos tudo e todos caminharemos para o nada na solidão. Estamos sós em nós. Somos poucos de muitos. É preciso coragem para mudar a cada escolha. É preciso paciência para ficar presente. Respeitar o adeus ao passado e tolerar a desconfiança do futuro. Sintonizar-se com o que se transforma a partir das suas ações e escolher o que lhe economiza. Quanto aos delírios das certezas aprendi a seguramente vibrar no alcance, agradecidamente apreciar o que se desperta e despretensiosamente conhecer a ausência.  (CM)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Camaleões Festa Contemporânea

Clênio Magalhães + Cib Maia Ph by Netun Lima Ph by Phellipe Messias  ph by Dió Freitas Cib Maia by  ph by Dió Freitas Aki Katai ph by Dió Freitas  

FUNDAMENTOS DA DANÇA

Figura 1: Paintbrush sobre Jean-Georges Noverre A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA (1.000.000 a.C. ao Século V) Devido a grandes revoluções humanas a dança sofreu grandes transformações, desde seu "surgimento". Devido a marcante presença da expressão corporal em seu processo de desenvolvimento, a dança acompanha a cultura de cada época. Valores, crenças, hábitos e comportamentos de cada fase histórica da humanidade refletem no fazer em dança demonstrando seu aspecto político e co-criador da realidade. Quando pensamos em dança, temos uma ideia de dança, uma concepção particular do movimento conhecido cultural e artisticamente como dança em determinada época. Essa ideia de dança é pessoal e intransferível, pois mesmo em coletivos culturais, ao contar ao outro qual é a sua ideia de dança, esta já se transforma em outra dança, carregada de valores de quem a experienciou e a transferiu como conhecimento. Há de se imaginar que a ideia de um movimento transcendente foi sendo transmitida ...

O fantástico trabalho de Vik Muniz em Passione

4,5 toneladas de lixo foram usadas pelo fotógrafo e artista plástico brasileiro radicado em Nova Iorque, Vik Muniz , para criação da abertura da novela Passione da Rede Globo   por  Sílvio de Abreu . Vik Muniz é um dos artistas mais respeitados no mundo. Ao invés de tinta o artista usa    molho de macarrão açúcar geléia caviar e até diamantes Uma obra de Vik Muniz denominada His and Hers está a venda na internet: um quadro pintado com chocolate, no valor de U$ 110 mil. O elemento surpresa é a principal característica do seu trabalho, quando as inusitadas pequenas partes se transformam num todo reconhecível. Um mosaico no superlativo da sensibilidade dos insights. A vanguarda e a contemporaneidade da arte brasileira sendo aceita e admirada pela massa. Para apreciar mais de 200 obras do artista visite sua página no  ARTSY.NET , uma galeria virtual que tem como missão disponibilizar a arte mundial a qualque...