até a próxima!
de amantes 96
(clique na imagem para ampliá-la)
(salve-a para ampiá-la ainda mais)
(compre-a para ampliá-la ainda mais)
inspiração: thom yorke
(radiohead)
Creep
When you were here before,
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel,
Your skin makes me cry..
I'm float like a feather
In a beautiful world
I wish something special
I wish I was special
But I'm a creep,
Yes I'm a weirdo...
What the hell am I doin' here?
'Cause I don't belong here
And I don't care if it hurts,
Because I wanna to have control
And yes I want a perfect body
And I want a perfect soul
And I want you to notice
When I'm not around
You're so very special
Why can I be special?
'Cause I'm a creep
I'm a weirdo..
What the hell am I doin' here?
'Cause I don't belong here
She oh....
And she's running out
And she run, oh she run, she run, she run...
She run... she run...
Whatever makes you happy
I give you whatever you want ..
You're so very special
I wish I was that special...
But I'm a creep,
Yes I'm a weirdo..
What the hell am I doin' here?
I don't belong here
I don't belong here
até a próxima!
Euphorico 2010
Euphorico: a page aberta = ?, C, R
Neste mês de Outubro tive o privilégio de conviver com os Grupos Artmacadam e Grupo X de Improvisação em Dança, idealizadores do evento em epígrafe, do qual sou amigo, admirador e participante convidado há quatro anos.
Este texto trata da minha inquietação pessoal sobre o projeto, na tentativa de organizar meus pensamentos acerca do que desenvolvemos e nesta busca compartilhar com o maior número de leitores possível, idéias inovadoras para o campo da dança e dos encontros.
O Euphorico vem se tornando a cada ano um encontro de pessoas que se gostam, amantes da arte contemporânea, improvisadores, aventureiros, trabalhadores, curiosos em busca de uma autenticidade e autonomia artística. É um espaço necessário na contemporaneidade onde se discute liberdade, acessibilidade, verdade, sensibilidade e espontaneidade. É um evento destinado a toda família, a toda comunidade, seja como ouvintes, expectadores ou participantes. A cada ano o evento adota sistemas diferenciados de pesquisa, que norteiam os anseios criativos de cada componente e conduzem a produção das obras. As obras são criadas e discutidas num período de aproximadamente quinze dias, entre intervenções, apresentações, work shops, produção de vídeos, produção de fotografias, pinturas, culinária, festas, passeios, bate papos, entrevistas e produção de textos. O evento se sustenta com recursos de cada participante, com auxílios das instituições apoiadoras e caminha para a captação de recursos para otimização das suas atividades. Envolve teatros, escolas, conservatórios, grupos artísticos, espaços públicos, universidades, bares, casas e restaurantes. Aproximadamente trinta pessoas estão diretamente ligadas ao evento, considerando administradores, técnicos e familiares dos participantes que estão sempre juntos e atuantes durante as atividades. Ocorre todo ano entre os meses de setembro e outubro, sendo um ano no Brasil e outro na França.
Nesta mais recente edição, denominada EUPHORICO: a page aberta, deparamo-nos com um corpo aberto, acessível, disponível a contar estórias. Um corpo atento e pronto como página em branco, no instante em que se coloca a ponta do lápis ou os dedos no teclado. Cada participante recebeu a última frase de um micro conto anterior e a partir desta frase contava sua história. Estes micros contos foram reunidos, misturados, redistribuídos, experimentados, discutidos, traduzidos, coreografados, musicados, iluminados, fotografados, vividos, foram os estimuladores de todo o processo de trocas que se estabeleceram diariamente.
O contexto no qual a experiência Euphorico se dá é de um grande engarrafamento. As sutilezas dos encontros e desencontros esmiuçam-se entre as diferenças. Nosso desafio é pontuar esses encontros, colorir os contatos, destacar as interações, valorizar as colaborações, enriquecer o humano de quem nos rodeia. O público é convidado a sair de sua condição de expectador passivo para uma posição de elemento compositor através de jogos e situações instaladas no ato das apresentações.
Este engarrafamento estético, artístico e ideológico de modo espontâneo e entrópico leva à cena o diferencial, o inusitado, o aleatório, a colagem, o descartável, o congestionamento, a rima, a seleção, a dúvida, o caos. Estas informações, que fazem parte da vida contemporânea sejam na família, na internet, na escola, no shopping, no templo, no transito ou no show do artista predileto, de repente encontram-se incorporadas através da dança.
Definir este evento não é tarefa fácil. O Euphorico que já dura seis anos a cada ano tem apontado para horizontes cada vez mais amplos. Poderia ser definido como um encontro de improvisadores, mas existe um algo a mais relacionado com a vontade, necessidade e voluntariedade que juntos situam-nos em um ambiente seguro, mas ainda nos parece indefinido. E para mim não há mesmo nada de definitivo nestes encontros.
Essa indefinição convive com todos os participantes e para mim representa o maior diferencial do projeto. Não estamos habituados a sistemas abertos. Compramos os produtos inteiros e não suas peças para montá-los, logo ao viver um processo sentimo-nos deslocados e sem saber por onde começar se nos faltam um manual de instruções.
Durante todo o processo discutimos a individualidade de cada componente, seus interesses, suas culturas e suas traduções do Projeto Euphorico. Essa discussão é uma das alimentadoras desta indefinição que a partir de agora gostaria de chamar de (in) definição como utilizado por vários autores ao redor do mundo. Neste caso, utilizo o (in) representando a individualidade e a definição representando as idéias. Esta (in)definição do Projeto Euphorico, em questão, apresenta-se babélica e fértil. Babélica pelo fato de dar início a mitos da dança que se personificam no desconhecido e principalmente fértil, por exibir uma impossibilidade de completude que se caracteriza a contemporaneidade, desencadeando um ciclo humorado vicioso de questões filosóficas, onde ego, intuição e subjetividade brigam por espaço e direito de voz.
Para não me situar em um estado de libertinagem, precisei instalar minhas atitudes em ações sistêmicas que iam se fortalecendo a cada encontro, onde os participantes já demonstravam suas fragilidades e seus vigores de maneira mais explícita, colorindo o jogo das relações.
Utilizarei a TGS (teoria geral dos sistemas) criada nos estudos do biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy 1950 para expor de maneira objetiva o que representou para mim esta experiência “a page aberta”. A TGS propõe formulações conceituais que possam criar condições de aplicação nos fatos empíricos. Seus principais pressupostos são: integração, sistematização, socialização, cientismo e educação. Seu caráter neutro é incrível e de fundamental importância para sintetizar sistemas complexos como o Euphorico.
Segundo a TGS, os sistemas dividem-se entre físicos ou concretos, abstratos ou conceituais, abertos ou fechados. O Projeto Euphorico é um projeto físico e concreto quando materializa suas ações em textos, fotos, vídeos ou mesmo na memória corporal dos participantes. É um projeto abstrato e conceitual, pois articula conceitos, hipóteses e idéias entre diferentes pessoas de diferentes partes do mundo. É um sistema fechado, pois possui em sua raiz uma organização composta de componentes devida e burocraticamente perfilados, mas ao mesmo é um sistema aberto, pois apresenta relações de intercâmbio com artistas convidados, com o público, com os organizadores e com possibilidades de transformações futuras. Como podemos notar o trabalho de improvisação e experimentação artística do projeto Euphorico, torna-se um produto de difícil acesso, devido justamente ao seu caráter de extrema complexidade, extraordinariamente perceptível no dia a dia das pessoas.
Por que é necessário estar em contato com projetos desta poesia e complexidade? Por que é necessário que eventos como este atravessem as grossas fronteiras escolares do aprendizado automático e de fins capitalistas?
Como o Projeto Euphorico, o cotidiano das pessoas é afetado pelas variáveis externas. O ambiente em que vivemos é dotado de infinitos sistemas que se entrecruzam a todo instante, gerando interseções tão complexas que fogem das nossas capacidades cognitivas. Por mais exata que seja uma medida tomada no dia a dia, a sua probabilidade de variação é vigorosa e precisamos estar aptos a escutar e assimilar o máximo destas informações para vivermos tranqüila e intensamente nossas experiências. Ao entrar em contato com o Projeto Euphorico, onde a improvisação, a decodificação de movimentos e sons, a naturalidade expressiva, o humor, o toque, a acessibilidade, a abertura, a sensibilidade, o jogo e o acaso das idéias fundem-se em vivências, o envolvido adquire uma nova forma de encarar o desconhecido. Ele descobre que por mais livre que se sinta realizando tais atividades, haverá sempre regras fundamentais que nos regem a todo instante e que até o caos obedece uma regra sistêmica para tornar-se caos.
A importância destas práticas “euphoricas” encontra-se justamente no amadurecimento das iniciativas, das escolhas e da sensatez. O juízo entre o certo e o errado quando transformado em ficção ganha certa leveza e caráter experimental, pontuando no corpo e no ambiente em que o cerca as percepções das transformações causadas por tais ações. É nos instantes entre o agir e reagir que aprendemos a nos conhecer e a conhecer o espaço que nos rodeia. As regras estão espalhadas no entorno e é importante desenvolver a sensibilidade perceptiva destes rigores para podermos circular pelos caminhos escolhidos sem desrespeitar nossos planos e ambientes alheios. Estas práticas nos ensinam a quebrar o cotidiano sem deixar cicatrizes, minha maior dificuldade como artista. Com o Euphorico aprendo a dosar a força para entrar e sair das circunstâncias. Aprendo a reconhecer as regras impostas naturalmente pelo outro e descobrir o melhor momento e a melhor forma de quebrá-las ou assimilá-las. Aprendo a invadir o cotidiano sem culpa como quem quebra os silêncios dos não-lugares quando anunciam os horários da próxima partida, as promoções ou as últimas notícias do jornal. Interromper temporariamente como quem oferece uma bebida e experimenta o instante de aguardar a resposta. É neste pequeno instante que se revela o outro pelo qual você se interessa.
Escutar. Esta é uma regra presente em todos os sistemas dos “euphoricos”. Somente pela escuta podemos reconhecer o outro. Escutar não somente pelo sentido auditivo, mas uma escuta ampla que abre os poros e os canais perceptivos de todo o corpo. Uma escuta corporal onde a velocidade, a temperatura, a textura, dentre outras características do movimento que lhe aborda, dão-nos pistas rápidas e prováveis de reação. Uma escuta essencial para que possamos realizar as melhores escolhas. Nem sempre um convite é a melhor oportunidade. Os convites também foram feitos para a negação. Dizer sim e não fazem parte da vida. Tomarei como exemplo um fato engraçado que sempre me perturba nos aeroportos. Aquelas esteiras por onde deslizam as malas é para mim um cenário convidativo para dançar. Hipnotizo-me ao observar seus movimentos, suas articulações e a imaginar nossas trocas caso eu pudesse dançar sobre ela. A esteira me convida a todo tempo, mas tenho que lhe negar o prazer da dança em respeito a uma regra superior a nós dois. Caso eu assumisse o crime e me deleitasse o quanto pudesse com esta partner, seríamos observados por várias outras pessoas que fariam seus juízos positivos e negativos até que o funcionário do aeroporto me detivesse. Assim que se faz o jogo cênico do Projeto Euphorico.
A pesquisadora Cleide Fernandes Martins, em um artigo para o Projeto Húmus, apresenta-nos uma interessantíssima regra sistêmica para organização do trabalho em dança. Ela parte da teoria de Mário Bunge, filósofo argentino, em que:
S = C, A ,R
(S) = sistema; (C) = coisa; (A) = ambiente e (R) = relações.
C ∩ A = Ø
(C interseção com A é igual a Conjunto vazio)
C Î A
(C pertence a A, A é o ambiente de C)
C ≠ A
(C é diferente de A)
(R) é o fator modificador de C e A.
A partir, Cleide propõe um sistema de dança (D), em que:
D = M, C, R
(D) = dança; (M) = movimento; (C) = corpo; (R) = relações.
M ∩ C = Ø
(M interseção com C é igual a Conjunto vazio)
M Î C
(M pertence a C, C é o ambiente de M)
M ≠ C
(M é diferente C)
(R) é o fator modificador de M e C.
Eu proponho um sistema Euphorico (E) em que:
E = ?, C, R
(E) = Euphorico, (?) incógnita; (C) corpo; (R) = relações.
(?) poderia ser igual a (D) sendo:
D1dança; D2dúvida; D3diferença; D4desconhecimento.
(?) poderia ser igual a (A) sendo:
A1amor A2arte A3alternativa A4alerta
? ∩ C = Ø
(? interseção com C é igual a conjunto vazio)
? Î C
(? pertence a C, C é o ambiente de ?)
? ≠ C
(? é diferente de C)
(R) é o fator modificador de C e A.
Assim, fica bem interessante levar o Euphorico para as escolas, onde ciências como matemática, sociologia, biologia e tantas outras matérias podem se articular com o corpo, com a dança e com a arte em geral. A principal mola do conhecimento é a dúvida, e este parece até então ser o mote dos nossos encontros e dançamos uma eterna escuta e uma eterna dúvida sobre o que nos move a dançar em conjunto. Quando proponho este texto, busco suprir uma necessidade pessoal de adquirir conhecimento teórico sobre minhas ações e poder enriquecer minha apreensão do mundo de maneira mais consciente. Admiro e gosto da catarse quando se domina certa técnica de deslizar sobre as relações entre o corpo e o meio. As fórmulas parecem fechar, enquadrar o processo, mas pelo contrário, ela desperta no corpo, sobretudo no corpo da criança as ligações entre o físico e o mental. Só podemos quebrar os limites por nós criados e é assim que vivemos a improvisação, construindo coisas para serem desconstruídas. E seguimos em grupo tendo a certeza de que o todo é maior do que as partes, pois se A pertence a B, B é maior que A. Seguimos com o desejo de ampliar a cada dia o raio de abrangência do projeto para que mais e mais pessoas possam desfrutar dos conhecimentos teóricos e práticos sobre o seu corpo, o corpo do outro e suas interações com o meio.
A partir deste ponto, sinto-me menos ingênuo perante minhas inquietações sobre a realidade dos fatos que não é simples como nos parece aos cinco sentidos. Espero que estas reflexões venham a contribuir com o prazer de todos os leitores em manter acesa a chama do conhecimento.
Por Clênio Magalhães
REFERENCIAS:
Google - 2010
Wikipédia - 2010
PEASE -Desvendando os Segredos da Ling. Corporal - 2005
RATEY – SPARK - 2008
NIETZSCHE – Assim Falou Zaratustra - 2003
INCONSCIENTE – ALETHÉIA - 2001
NORA - Húmus 2 - 2007
Amigos - 2010
Até a próxima!
camaleão 15
O camaleão 15, último da série de experimentos que realizamos há um ano, aconteceu no quinto aniversário de Violet, uma amiga francesinha que é de uma beleza e unicidade ímpar. Ela retrata bem o que representou os experimentos na minha vida, uma vez que a partir destes experimentos tenho trabalhado em alguns finais de semana em aniversários infantis para contribuir com as contas que não param de chegar. O aniversário desta minha amiguinha também retrata o que desejamos fazer destes experimentos, uma festa. Desfrutem com os singelos cliques que pude fazer do meu celular, enquanto babava com os olhares de Violet e seus convidados que pediam curiosos que eu desenhasse em seus corpos os mais diversos personagens infantis. E aguardem que em breve estréia FURTA COR N.3, a obra resultante dos experimentos CAMALEÕES. Obrigado a todos que se mostraram abertos aos experimentos! Este fim de ciclo é só o começo de outro!
Até a próxima!
Camaleão 14
Comédia Café - La Seyne sur mer Out/2010
O ciclo quase se fecha. Depois de catorze experimentos camaleões seguimos rumo ao produto, às conclusões, aos resultados. Não significa com isso que busquemos precisões e objetividades, mas a obra precisa ser parida para livrar nossa, sobretudo minha, mente das inquietações. Compartilhar com o público através da dança pensamentos frutos de uma pesquisa em grupo e exteriorizar através da estética cênica impressões artísticas mais íntimas sobre a contemporaneidade. Nesta edição fotos de Agnés e Edu. Obrigado pelos sorrisos, pelas cores, pelos toques, pelos cliques, pela entrega.
merci!
Até a próxima!
EUPHORICO : A page aberta BRASIL / FRANÇA 2010
momentos vividos
momentos experimentados
momentos compartilhados
momentos
instantes poéticos
instantes planejados
instantes aproveitados
instantes discutidos
instantes
amigos distantes
amigos importantes
amigos dançantes
amigos confortantes
amigos
corpos perturbadores
corpos feridos
corpos sarados
corpos mutáveis
corpos
cores impressionantes
cores vibrantes
cores alucinantes
cores inesquecíveis
E assim eu passaria horas a brincar com minhas lembranças enquanto me enquadro no retorno ao Brasil. O retorno à nossa casa, o reencontro com os amigos, as saudades iniciadas e as saudades sanadas. Os prazos que se aproximam e as obrigações que se entrelaçam às imagens, aos cheiros, aos sabores, aos sons e às texuras das recordações.
"...Je me surprends à penser 'qui est cette personne qui fait des mouvements dans cette danse?' c'est une personne à l'identité suspendue..."
"... Eu me pego pensando 'quem é essa pessoa que faz os movimentos desta dança?' será a identidade de uma pessoa suspensa ... "
( Trisha Brown )
"... Eu me pego pensando 'quem é essa pessoa que faz os movimentos desta dança?' será a identidade de uma pessoa suspensa ... "
( Trisha Brown )
"Je ne m'interesse pas à la façon dont les gens bougent, mais à ce qui les meut".
"Eu não estou interessada em como as pessoas mudam, mas o que as move".
( Pina Baush )
"Eu não estou interessada em como as pessoas mudam, mas o que as move".
( Pina Baush )
Compagnie de Danse Contemporaine - La Seyne Sur Mer
Direction artistique: Hélène CHARLES, Wilfrid JAUBERT
Danseurs-chorégraphes: Marielle GUILLAUME, Florence MOREL, Laura PETROSINO, Kinga SAMBORSKA
Compagnie de Danse Contemporaine - Salvador BA Bresil.
Direction artistique: Fafá DALTRO
Danseur-choréographe: Edu O.
Artiste invité: Clênio MAGALHÃES
Grupo X Improvisação em Dança a pu compter pous ce projet sur le soutien de: PPGDANCA - Universidade Federal da Bahia, Grupo de Pesquisa Poética da Diferença, MINC Ministério da Cultura par le biais dans Edital do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2010.
Pour ce nouvel opus, nous avons eu envie de faire évoluer le projet en structura davantage la première étape du processus de création, qui jusqu'à présent resta indéterminée, personnelle, libre, non formulée, non dévoille, chacun puisant se sources dans un passé, une mémoire et un imaginaire personnels, intimes.
Au fur et à mesure des expériences, nous constations que ce "pré-texte" à danse ensemble se révélait progressivement de maniére plus claire sous des forme poétiques diffeérentes, comme un souffle commun posant les bases de notre écriture choréographique collective.
Il s'agit d'être plus à l'écoute de cette force de rencontre et de vie des interprètes, leur culture, leur histoire, en écho, en réaction avec le mond dans lequel ils vivent.
La mise en commun de cette intimitté s'est faite au travers de l'écriture pour construite, selon des régles précises, sous forme de collage, un patchwork de scène de vie au croisemente entre l'imaginaire et le réel.
Chacun, fac à sa page blanche avec pour passage de témoin la demière phrase du text précédent, ligne de départ d'une histoire à partager.
Para esta nova edição, desenvolveríamos o projeto estruturado como na primeira fase da criação, que até então permaneceu livre, indeterminada, pessoal, mas os anseios dos participantes revelaram-se ligados a um passado, a uma memória e a um imaginário pessoal, íntimo que merecia atenção. Como experiência, descobrimos que este "pré-texto" de dançar juntos é revelada gradativamente como um poética da diferença, como uma respiração comum de escritura coreográfica coletiva. É uma escuta pessoal de cada dançarino em reencontro com suas próprias vidas, em sintonia com as suas culturas e histórias, ecoando com o mundo em que vivem.A comunhão desta intimidade foi conduzida pela escrita de pequenos contos num jogo de regras precisas, como uma colagem, uma colcha de retalhos de cenas da vida articulados entre fantasia e realidade.Cada um com sua página em branco recebeu por e-mail a última frase de um conto anterior e a partir desta linha desenvolveu outra estória a contar.
Para esta nova edição, desenvolveríamos o projeto estruturado como na primeira fase da criação, que até então permaneceu livre, indeterminada, pessoal, mas os anseios dos participantes revelaram-se ligados a um passado, a uma memória e a um imaginário pessoal, íntimo que merecia atenção. Como experiência, descobrimos que este "pré-texto" de dançar juntos é revelada gradativamente como um poética da diferença, como uma respiração comum de escritura coreográfica coletiva. É uma escuta pessoal de cada dançarino em reencontro com suas próprias vidas, em sintonia com as suas culturas e histórias, ecoando com o mundo em que vivem.A comunhão desta intimidade foi conduzida pela escrita de pequenos contos num jogo de regras precisas, como uma colagem, uma colcha de retalhos de cenas da vida articulados entre fantasia e realidade.Cada um com sua página em branco recebeu por e-mail a última frase de um conto anterior e a partir desta linha desenvolveu outra estória a contar.
par
EUPHORICO: a page aberta ... c'est aussi
photo
photo
4 et 5 oct. RENCONTRES EN MILIEU SCOLAIRE
Inviter les plus jeunes à découvrir la pratique des deux compagnies.
Convida estudantes a conhecerem o trabalho dos grupos.
6 oct. INTERVENTION EN ESPACE PUBLIC "DESMARCHES"
Performance à Toulon, Brignoles en Sanary sur mer
Performance nas cidades de Toulon, Brignoles e Sanary Sur Mer.
video I
video II
7 oct. JOURNEES ANNUELLES DE THERAPIE PSYCHOMOTRICE "LE CORPS ABIME"
Performance nas cidades de Toulon, Brignoles e Sanary Sur Mer.
video I
video II
7 oct. JOURNEES ANNUELLES DE THERAPIE PSYCHOMOTRICE "LE CORPS ABIME"
8 oct. ATELIERS DE SENSIBILISATION RENCONTRE
Centre de formation du danseur Studio du Cours Marseille
9 et 10 oct. STAGE POETICA DA DIFERENÇA
10 oct. RENDU DE STAGE
L'actualité, l'en-cours, le projet, le désir:
Artmacadam s'affaire, s'acharme, se débat pour une création sur la frontier entre le masculi et le féminin, au plus prés du lui d'elle et du elle de lui. Identifier ce qui fait autre, le genre, la différence, le sexe, le culturel et cultuel... ce qui fait une identité mobile, ce qui fait construction d'une identité, ce qui fait le "ça".
Notre volonté est d'offrir une forme iconoclaste, qui invite à la réflecion, à l'ouvreture à l'autre. à la danse.
Assinar:
Postagens (Atom)