Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2013

As danças que dançamos

Aos suores deixados nos figurinos, tintas, madeiras de palcos e salas, fogo, vela, gelo, terra, folha e pedras de ruas e calçadas perguntamos: O que acumula-se em nós? Coisas que a gente sente e não denuncia. Coisas que incham no nosso propósito de sermos quem somos. Dançantes.

Coisas de dança

A dança está na tensão da dúvida.   As coisas de dança não estão postas para afirmar. Coisa de dança não é clara, mas ilumina. Qualquer coisa de dança dita não será tida, se não inspirada e transmitida. Dançar uma coisa é sujar a coisa intuída. A dança é suja. Sua. Gruda. Sigamos sujando de dança os corpos inquietos.

A bola da vida

                        A vida segue seu rumo. No peito um aperto difícil de tirar. Esta sensação que nos persegue já que o mundo parece estar sempre a nos cobrar mais e mais. Aquela bola de neve continua a rolar e a crescer. Ansiamos pelo verão e forçamos nossos pulmões para expandir o peito, respirando forte, mesmo que às vezes seja preciso um cigarro. O tempo nos fortalece e criamos coragem para enfrentar a bola. Ou viramos de costas para o futuro e somos atropelados pela bola, cavamos um buraco no chão, onde nos abaixamos e deixamos a bola definitivamente passar ou driblamos a bola fazendo caminhos curvos e criando obstáculos impedindo sua fluência em nossa direção. Enquanto escolhemos a melhor alternativa, permanecemos na corrida da bola. Trabalhando, estudando, criando, imaginando, acreditando em ideias de vida . O que é a fé senão o prazer da permanência? Se quem ganha somos nós ou a grande bola, pouco importa. Importan...