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camaleão ? / chameleon ?

Idéias dispersamente amarradas sobre Camaleões.

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Quais são os princípios da evitação do desprazer que dominam a humanidade(?)  O ser humano se resolve no mundo exterior através das melhores acomodações(?)
Incomodar é um ato que deve ser feito com bastante sabedoria se o seu objetivo é de paz(?)
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A arte contemporânea quando exposta ao universo das massas, como as intervenções nos lugares comuns do dia a dia como praças, ruas, shoppings, empresas,etc., lugares onde prevalece o imaginário habitual, quebra a rotina e corre o risco de levar ao desprazer dos expectadores. A extrema violência imagética e sonora de uma obra pode chocar os sentidos por não possuírem sutileza em sua estrutura dramática, tocando a poiesis. A poiesis consegue lidar com a violência sutilmente. 

 É interessante quando a arte se utiliza do conhecimento sobre os processos de pensamento a partir dos sentidos não como uma bula para aceitação do público, mas como uma maneira de garantir a troca entre obra e público. Somente desta maneira o artista pode prever as inúmeras possibilidades de recuos e aproximações que seu trabalho proporcionará no (in)consciente alheio receptivo. Do contrário é melhor mesmo cantar no banheiro para si mesmo, até que um vizinho lhe convide para jantar ou chame as autoridades (rs)(?).
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Arte como identidade (narciso, posse, reconhecimento),
Arte como ritual (ética, consolo e garantia),
Arte como ciência (respeito, necessidade e dever).
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Camaleão quer unir se aos conceitos e às dúvidas incansáveis, inquietações nos anais acadêmicos ou nas críticas midiáticas. Busca, incansavelmente, referências mais agudas dos seus princípios tombados como bens simbólicos.

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Por estar em busca e à espera das respostas a arte como a ciência está sempre em contato com o novo, com o acaso, com a contemporaneidade.
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Por um lado, Camaleão busca a neutralidade, a mobilidade, o território e por outro o excesso, o estático e o vazio por outro. Os expectadores se envolvem por reconhecerem que se encontram na obra, que o espaço é real, que o convida a imaginar e propõe transformações simples. O espectador corresponde se com a obra. Ele se identifica, investiga, deseja, age, interage, opina, acredita, questiona, pactua, doa, compra. o estranho visto como inimigo é derrotado pela correspondência. O novo torna se ordinário, o complexo simples, o predador presa, o forasteiro hostess. A obra invade sutilmente.  a ficção rima com a realidade e faz se poesis.
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Símbolos e formas evocam afetos criando um ambiente entre o esforço e o gozo, com estatuto de fé e verdade.
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O Camaleão tem a tarefa de analisar a falta ou o excesso de aguçadura dos sentidos,  proposta pelos símbolos criados a partir do público.
possibilidades (?)

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Até a próxima!

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