Meu blog está parecendo nota de falecimento, mas nos últimos dias desde a morte de Michael Jackson e Pina Baush que parece ter pairado um silêncio sobre minhas idéias criando um grande espaço para mais e mais questões que ainda nem tenho como expressar de tão profundas inquietações. Agora arrebatando me ainda mais, deixa nos Merce Cunningham um dos mestres da interação, inovação e revolução da Dança mundial. A morte destes ícones da minha formação artística são a prova de que o tempo passou e uma das minhas maiores questões é: e o que foi que eu fiz este tempo todo? É um momento de reflexão pessoal, momento de revisitar minhas idéias, minhas produções. Momento de buscar nas minhas obras o que existe de influência destes seres iluminados e dar a minha contrapartida. E o mundo transformado, transtornado, cobrindo nos com sua massa de silício e violência, torna-se ainda menos protegido da insensibilidade urgente, porque eles não estão mais aqui para se defenderem.
Figura 1: Paintbrush sobre Jean-Georges Noverre A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA (1.000.000 a.C. ao Século V) Devido a grandes revoluções humanas a dança sofreu grandes transformações, desde seu "surgimento". Devido a marcante presença da expressão corporal em seu processo de desenvolvimento, a dança acompanha a cultura de cada época. Valores, crenças, hábitos e comportamentos de cada fase histórica da humanidade refletem no fazer em dança demonstrando seu aspecto político e co-criador da realidade. Quando pensamos em dança, temos uma ideia de dança, uma concepção particular do movimento conhecido cultural e artisticamente como dança em determinada época. Essa ideia de dança é pessoal e intransferível, pois mesmo em coletivos culturais, ao contar ao outro qual é a sua ideia de dança, esta já se transforma em outra dança, carregada de valores de quem a experienciou e a transferiu como conhecimento. Há de se imaginar que a ideia de um movimento transcendente foi sendo transmitida ...



Comentários